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Ivosidenibe em Monoterapia na Síndrome Mielodisplásica com Mutação do IDH1 – Resultados Finais do Estudo IDIOME do GFM

Dr. Phillip Scheinberg, chefe da Hematologia da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, comenta sobre os resultados do estudo IDIOME, que avaliou a monoterapia com ivosidenibe no tratamento de pacientes com síndrome mielodisplásica com mutação do gene IDH1. Acesse e confira!

Durante os dias 13 e 16 de junho de 2024, ocorre a conferência anual da European Hematology Association – EHA®, um dos principais eventos em onco-hematologia e hematologia do mundo.

O Dr. Scheinberg comenta sobre alguns estudos apresentados na sessão sobre Síndromes Mielodisplásicas (SMD), que é um grupo de doenças que tem despertado um enorme interesse da comunidade médica devido ao surgimento de novos tratamentos.

Neste vídeo, o especialista comenta com profundidade sobre os dados do estudo IDIOME, que avaliou o uso de ivosidinibe (inibidor de IDH1) em pacientes com mutação no gene IDH1 em dois grupos: a) pacientes previamente tratados com azacitidina (grupo A) e virgens de tratamento (grupo B).

Os resultados demonstraram que:

Grupo A (Pacientes Refratários ou Recidivados após azacitidina)

  • Número de Pacientes: 22
  • Resposta Geral após 3 Ciclos: 63,6%
    • Maioria apresentou melhora hematológica ou resposta parcial.
    • Respostas completas foram menos frequentes.
  • Sobrevida Mediana: 8,9 meses.
  • Sobrevida em 12 Meses: 15,2%.

Grupo B (Pacientes Virgens de Tratamento)

  • Número de Pacientes:
  • Resposta Geral após 3 Ciclos de Ivosidenibe Monoterapia: 78,3%
    • Respostas completas: 61%.
  • Tratamento Adicional: Azacitidina adicionada em 3 pacientes sem respostas adicionais significativas.
  • Transplante Alogênico de Medula Óssea: 5 pacientes seguiram para transplante.
  • Segmento Mediano: 25,2 meses.
  • Sobrevida Mediana: Não alcançada.
  • Sobrevida em 12 Meses: 91,3%.

Dosagem e Tolerabilidade

  • Dosagem do ivosidenibe: 500 mg ao dia.
  • Tolerabilidade: Muito bem tolerado, com baixos efeitos colaterais, importante em uma população mais frágil.

Os resultados deste estudo são promissores, especialmente para pacientes virgens de tratamento. A alta taxa de resposta completa no grupo B sugere que o uso de ivosidenibe como monoterapia inicial pode ser altamente eficaz, o que representa um potencial mudança de paradigma, uma vez que a maioria dos estudos anteriores na SMD que combinou novas terapias com azacitidina não obtiveram taxas significativas de sucesso.

Portanto, os dados apresentados indicam que o uso de ivosidenibe como agente único em primeira linha pode ser uma abordagem válida, desafiando a necessidade de combinação com azacitidina em pacientes com mutação do gene IDH1.

Veja o vídeo completo:

Referências:

Sébert, M., et al., Ivosidenib monotherapy in IDH1 mutated myelodysplastic syndrome, final results of the idiome trial, a GFM study. Abstract nº S182. Disponível em: https://s3.eu-central-1.amazonaws.com/m-anage.com.storage.eha/temp/eha24_abstract_bodies/S182.pdf. EHA® 2024.

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