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Tratamento de sangramentos com Eptacog Beta em pacientes adultos e adolescentes com hemofilia A ou B com inibidores

Medicamento reduz significativamente o risco de ressangramento

Escrito por: Germano Glauber de Medeiros Lima

As hemofilias A e B são distúrbios hemorrágicos hereditários, caracterizados pela deficiência dos fatores VIII e IX de coagulação, respectivamente. Pacientes com hemofilia enfrentam um risco elevado de hemorragias, e a presença de inibidores contra esses fatores pode complicar significativamente o tratamento, tornando os episódios hemorrágicos mais difíceis de controlar. O Eptacog Beta (rFVIIa), um fator de coagulação coadjuvante, tem sido utilizado como uma opção terapêutica em pacientes que desenvolveram inibidores, proporcionando uma alternativa para a terapia de reposição tradicional.

O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia e a segurança do Eptacog Beta no tratamento de sangramentos em adultos e adolescentes com hemofilia A ou B que apresentam inibidores. A pesquisa envolveu a análise de dados clínicos para determinar a incidência de ressangramentos após a administração do rFVIIa e outros desfechos relevantes associados ao tratamento.

Foi realizado um ensaio clínico multicêntrico, onde pacientes adultos e adolescentes diagnosticados com hemofilia A ou B com inibidores foram recrutados. A administração de Eptacog Beta foi realizada de acordo com as diretrizes clínicas, e os pacientes foram monitorados quanto à eficácia do tratamento e a possíveis eventos adversos. Os critérios de avaliação incluíram a incidência de ressangramentos em um período definido após o tratamento inicial e a necessidade de ajustes terapêuticos subsequentes, com um foco especial em quantificar a eficácia em diferentes tipos de sangramento.

Os resultados mostraram que a administração de Eptacog Beta resultou em uma redução significativa na incidência de ressangramentos entre os pacientes tratados. Apenas 10% dos pacientes apresentaram episódios de ressangramentos dentro de um período de acompanhamento de 72 horas após a primeira dose, sugerindo que o rFVIIa foi eficaz em controlar o sangramento inicial. Além disso, a maioria dos pacientes não necessitou de intervenções adicionais, e os desfechos gerais foram amplamente positivos, com uma resposta satisfatória ao tratamento em termos de controle hemorrágico.

Em conclusão, o estudo avaliou de maneira convincente a eficácia da Eptacog Beta (rFVIIa) em pacientes com hemofilia A ou B que possuem inibidores, demonstrando uma baixa incidência de ressangramentos, que é um desafio significativo no manejo desses pacientes. Os achados sugerem que o rFVIIa é uma alternativa segura e eficaz, oferecendo uma opção valiosa para o tratamento de episódios hemorrágicos em indivíduos com hemofilia complicada. Recomenda-se que futuras investigações continuem a explorar a longevidade dessa terapia e a sua aplicabilidade em diferentes contextos clínicos, visando aprimorar o manejo da hemofilia.

Referência:

1) Dunn A, Dargaud Y, Abajas Y, et al. Bleed treatment with eptacog beta (rFVIIa) results in a low incidence of rebleeding in adult and adolescent patients with haemophilia A or B with inhibitors. Haemophilia. 2025;31(1):78-86. doi:10.1111/hae.15109

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